quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016


Desde o primeiro dia de 2016 entrou em vigor uma decisão que aumenta a taxa dos pagamentos realizados ao exterior em 25%, com a finalidade de aumentar a arrecadação de impostos. No entanto, o impacto dessa medida no bolso do comprador brasileiro pode chegar a até 33%, e muitas empresas estão se voltando para as alternativas digitais a fim de burlar esse gasto adicional. Para pagar por viagens e hospedagens em outros países, por exemplo, ou ainda pagar serviços prestados por profissionais estrangeiros, uma boa opção tem sido utilizar o Bitcoin, moeda virtual que utiliza sistema de pagamento online baseado em código aberto, que é independente de qualquer autoridade financeira. Um bitcoin pode ser transferido entre contas por computador ou smartphone sem que seja contabilizado como uma transação bancária – ou seja, a transação virtual fica isenta dessas cobranças de impostos. Ao pagar por produtos ou serviços estrangeiros utilizando Bitcoins, as taxas pagas no Brasil ficam em menos de 2%, enquanto as taxas pagas no exterior são de 1%, mais ou menos. Mesmo levando em consideração a possível variação de valores na cotação das diversas moedas mundo afora, ainda é uma opção bastante vantajosa. No entanto, utilizar Bitcoins ainda é uma atividade controversa por possíveis questões legais envolvidas. Rodrigo Batista, sócio do Mercado Bitcoin - empresa que faz o intermédio de compra e venda de moedas digitais aqui no Brasil - explica que “o uso de Bitcoins para transferir valores para outros países está em uma zona cinza da lei e, portanto, pode vir a sofrer algum tipo de regulação”. O executivo também esclarece que “acontece com as moedas digitais o mesmo que ocorre com outras tecnologias recentes. Elas costumam questionar leis criadas para um mundo não digital. A situação do Bitcoin é semelhante à do Uber e WhatsApp, por exemplo”. 

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